Espírito Democrático

Resolvi criar esse espaço para poder divulgar minha opinião como representante sindical aqui no Comando Nacional de Greve da Fasubra Sindical - 2011. Aproveitando o acesso mundial da rede de computadores que facilitará e democratizará à informação detalharei cada passo meu, cada trabalho do CNG e disponibilizarei todas as novidades em primeira mão para os trabalhadores da Universidade Federal do Acre.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

#reconstruindo o SINTEST/AC


O maior patrimônio que uma categoria pode ter é um SINDICATO atuante e engajado politicamente na luta de classe. A conjuntura atual é perversa para as (os) trabalhadoras (es) do Serviço Público Federal (SPF) com cortes no orçamento da união nos últimos dois anos; um acordo de greve (para algumas categorias) assinado sem ganho real, ou seja, abaixo da inflação; uma desmobilização existente em algumas categorias; um congresso nacional completamente comprometido com o agronegócio, os bancos (sistema rentista) e os grandes empreiteiros e voltado de costas para os interesses da classe trabalhadora; a terceirização tomando de conta do serviço público precarizando ainda mais as relações de trabalho; os tribunais caçando “direitos adquiridos” dos trabalhadores e não concedendo nada de vantagens aos trabalhadores; os órgãos de controle (TCU, AGU e MPF) dentro das universidades com uma determinação governamental de fazer um “pente fino” nos contracheques dos SPF´s e uma conjuntura internacional amplamente instável, com uma crise do capital que parece não ter fim, e as trabalhadoras pagando o preço por esse crise, com altas taxas de desemprego na zona do euro, principalmente entre a juventude, golpes de Estado (Paraguai e Egito) tirando representantes eleitos democraticamente, tudo isso gera uma insegurança política e econômica que afeta o mundo inteiro. Esse é o cenário perverso e instável que temos atualmente.
No Brasil, aconteceram mobilizações de rua em várias cidades, na capital do Acre, tiveram mais de três, tendo uma delas alcançado cerca de 30 mil pessoas reivindicando, onde a grande maioria desse público que foi às ruas era de jovens com menos de duas décadas de vida. E em 30 países aconteceram mobilizações em apoio aos manifestantes do Brasil que foram as ruas, começando na cidade de São Paulo, em seguida, espalhando-se a milhares de cidades brasileiras. O mês de junho de 2013 não foi um mês qualquer, pelo contrário, ele deixou sua marca registrada da história do país. Conseguiu inverter a pauta política do congresso nacional e do executivo federal, forçando-os a uma mudança de comportamento, inserindo na ordem do dia o compromisso social e mais participação popular na vida política do país.
E não dá para que as entidades sindicais (leia-se Sintest/Ac) sejam omissas nesse processo de luta, e não realizem nenhuma mobilização e nem discussão com a base que se diz representar. A falência financeira de uma entidade pode se resolver com mais facilidade, porém a FALÊNCIA política da entidade não se resolve com brevidade, desta feita, torna-se num grande câncer para as trabalhadoras. Uma entidade forte, engajada na luta de classe é o maior patrimônio que uma categoria pode ter. É uma arma poderosa nas mãos dos trabalhadores contra o padrão, pois nessa luta os dois polos (trabalhadores e patrão) são antagônicos e têm interesses que não se relacionam, valendo a máxima de “patrão bom nasceu morto”. Já é passada a hora de lutarmos em defesa do maior patrimônio da categoria, que um sindicato de luta, e por isso o movimento #reconstruindo o sintest/ac convida você a fazer parte dessa turma de engenheiros e coloque você também um tijolinho nessa grande construção que vamos realizar. Todas por um sindicato reconstruído.
Charles Brasil
Coordenador de Raça e Etnia da Fasubra Sindical
Trabalhador em Educação da Universidade Federal do Acre (UFAC)


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