Espírito Democrático

Resolvi criar esse espaço para poder divulgar minha opinião como representante sindical aqui no Comando Nacional de Greve da Fasubra Sindical - 2011. Aproveitando o acesso mundial da rede de computadores que facilitará e democratizará à informação detalharei cada passo meu, cada trabalho do CNG e disponibilizarei todas as novidades em primeira mão para os trabalhadores da Universidade Federal do Acre.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

JUROS DA DÍVIDA BRASILEIRA PÚBLICA BATEM RECORDE

As despesas com juros incorporadas à dívida pública, que inclui o governo federal, os estados, municípios e empresas estatais, somaram o valor recorde de R$ 119,47 bilhões no primeiro semestre deste ano, segundo números divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Banco Central. Trata-se da primeira vez, para os seis primeiros meses de um ano, que os gastos com juros ultrapassam a barreira dos R$ 100 bilhões. Contra o mesmo período do ano passado, quando as despesas com juros totalizaram R$ 92,2 bilhões, houve um crescimento de 29,8%, segundo números da autoridade monetária. Na proporção com o Produto Interno Bruto (PIB), porém, as despesas com juros não bateram recorde. No primeiro semestre deste ano, a apropriação de juros representou 6,12% do PIB , ainda segundo dados do BC, o que representa o maior valor desde 2008 (6,15% do PIB). “A trajetória de juros mostrou tendência de crescimento. Reflete crescimento da inflação, visto que alguns indexadores da dívida são a inflação, mas também o crescimento da taxa básica [de juros da economia brasileira, fixada pelo próprio BC] e o próprio aumento da base [estoque da própria dívida]. O que impactou mais, certamente, foi a taxa Selic”, declarou Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC. Para controlar a inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central subiu a taxa básica de juros da economia brasileira em 1,5 ponto percentual no primeiro semestre deste ano, passando de 10,75% ao ano, em dezembro do ano passado, para 12,25% ao ano em junho de 2011. Caso esse aumento de 1,5 ponto percentual seja mantido por 12 meses, o impacto na dívida pública federal será de R$ 8,5 bilhões. E este é o impacto somente na dívida do governo atrelada à taxa básica de juros, que somou R$ 572,8 bilhões em junho. Ainda há o impacto secundário do aumento dos juros básicos da economia nos leilões títulos públicos prefixados (definidos no momento da venda). Quando a taxa Selic sobe, o mercado também cobra taxas maiores para comprar os títulos prefixados do governo. Os dados do BC mostram que foram justamente as despesas com juros do governo federal que mais contribuíram para o valor recorde de pagamento de juros no primeiro semestre deste ano. Dos R$ 120 bilhões de despesas com juros de todo o setor público, R$ 100 bilhões referem-se à dívida do governo, e outros R$ 20 bilhões são de responsabilidade dos estados, municípios e estatais.

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